Venda de agroquímicos para lavouras de soja cresce 17%

Se aproximando do mês de setembro, período em que, com chuva, inicia-se a plantação da soja, os produtores começam a se preparar para o plantio, comprando os materiais que o serão necessarios, e por conta do aumento de 92,36% no preço da soja em relação ao ano passado (chegando a R$ 157,39 por saca de 60 quilos) e o fantasma da Ferrugem Asiática que ainda atormenta as plantações, os produtores não querem perder nenhuma saca.

Com isso houve um aumento de 17% nas compras de defensivos agrícolas, segmento esse que a Agro-Fauna atua há 40 anos. Só na cultura da soja já foram R$ 31,36 bilhões, estima-se que o número médio de aplicações atingiu 2,1 vezes, sendo uma alta de 5,6% na comparação anual.


A preocupação dos agricultores com as pragas é evidente, por conta que com o passar do tempo vão surgindo espécies resistentes a determinados produtos, sendo necessário um defensivo mais forte ou uma maior dose de aplicações. Dentre eles estão os fungos, como é o caso da já citada Ferrugem Asiática, que totalizaram, com os fungicidas, 41% das vendas de pesticidas, movimentando R$ 2,16 bilhões no país 23% acima do ciclo anterior.

Outra praga que vem trazendo transtorno com a sua resistência são as ervas daninhas, como a buva e capim amargoso, que, além de atrapalharem o desenvolvimento da cultura, servem de Ponte Verde para algumas pestes, como a C, que no entre-safras usam essas plantas intrusas como hospedeiras para se alimentarem até a volta da plantação, sendo necessário então a utilização de herbicidas residuais após a colheita, para que as lagartas não possuam como sobreviver.

Segundo levantamento da Spark, os estados de maior importância em no cultivo de oleaginosa, como Mato Grosso e Rio Grande do Sul, registraram aumento nos índices de adoção dos pestícidas, para 72% e 80% das lavouras, respectivamente. Na terceira e quarta posições aparecem o eixo Goiás-Distrito Federal (64%) e Mato Grosso do Sul (78%).