Área de aplicação de defensivos cresce 12,3% em relação ao periodo passado.

No Brasil, a área que foi utilizado os defensivos agrícolas cresceu 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais causadores desse grande aumento são os fungos, insetos e plantas daninhas em diversas culturas, o que resultaram em 175,2 milhões de hectares tratados, sendo utilizado 113,3 mil toneladas de defensivos.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), o segmento de produtos que mais apresentou aumento foi o dos fungicidas, com crescimento de 25% seguido de herbicidas (10%) e inseticidas (8%). E o motivo para esse crescimento tão elevado é o já conhecido vilão, a Ferrugem Asiática.



Pelo fato de ser um fungo sem cura e ser transmitido pelo ar, existe uma grande preocupação em previnir o seu contágio, porque a infecção, quando causada, pode atingir até 80% da cultura, e ocorre em qualquer estágio da planta. Por esses motivos o uso de fungicidas é essencial para a precaução com esse mal.

Analisando tais dados é sensato que sejam feitos alguns questionamentos sobre o motivo do aumento da aplicação dos pesticidas nesse periodo, como por exemplo por qual motivo houve esse crescimento de 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado na área de aplicação de defensivos? O que tem ocorrido no mercado para produtores aumentarem a atenção com fungos, insetos e plantas daninhas em diversas culturas? A resposta é simples.

Com o preço da soja em alta, atingindo a marca de R$ 157,39 por saca de 60 quilos, houve um aumento de 92,36% em relação ao mesmo período de 2020, com isso é necessário uma maior proteção da cultura de oleaginosa, porque os prejuízos com a perda podem ultrapassar os US$ 25 bilhões.

A engenheira agrônoma Natalia Piai, coordenadora de projetos da Spark Inteligência Estratégica, salienta que a preocupação com o controle da ferrugem asiática deverá voltar a impulsionar o desempenho dos protetores no ciclo 2021-22.

“Essa tendência se justifica pelo aumento da adoção do chamado manejo de resistência. Trata-se de uma prática cujas medidas contemplam aplicação conjunta ou alternada de fungicidas com diferentes modos de ação. Além de usados preventivamente, antes do estabelecimento de infecções, os protetores auxiliam a preservar a eficácia de outras moléculas de fungicidas, diante do potencial desenvolvimento de resistência pelo fungo causador da doença a ingredientes ativos”, explica Natalia Piai.